O projeto de pesquisa e extensão “Seleção de microrganismos e produção massal de substrato inoculado para a produção de mudas, visando o repovoamento das áreas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão”, do Departamento de Microbiologia (DMB), coordenado pela profª Catarina Kasuya, em parceria com a Fundação Renova tem realizado ações socioambientais com famílias impactadas pela lama decorrente do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana – MG.
A estratégia adotada foi o fomento a cadeia de produção de mudas de espécies nativas, por meio do incentivo e uso de produtos locais da Bacia do Rio Doce. Nesta primeira etapa do projeto 18 mil litros de substrato orgânico foram produzidos em parceria com o sítio Antuérpia de Viçosa, enquanto a multiplicação de 1,8 mil litros de inóculo foi realizado pela microempresa Cogumê Biotecnologia, também de Viçosa.
A inoculação de mais de 60 mil mudas com microrganismos benéficos foi realizada na cidade de Belo Oriente – MG, em parceria com o Viveiro Ouro Verde, possibilitando ampliar as ações junto aos viveiristas da Bacia do Rio Doce. Desse montante, 22 mil mudas inoculadas foram repassadas, juntamente com as instalações dos viveiros, para quatro famílias da zona rural de Mariana – MG, permitindo o treinamento e incentivo à produção de mudas de espécies florestais nativas.
Em fevereiro de 2020 essas mudas serão plantadas em áreas diretamente impactadas pela lama, de modo a auxiliar nas estratégias de reparo florestal. O projeto de pesquisa e extensão tem diminuído a lacuna pesquisa-aplicação, por meio da comunicação participativa, ampliando a democratização do conhecimento técnico-científico. Com isso tem contribuído muito para melhorias socioeconômicas e ambientais na bacia do Rio Doce.