Dezoito anos após a conquista de sua primeira nota 6 nas avaliações da Capes, o Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola alcançou, em 2022, o cobiçado conceito 7, firmando seu espaço entre os mais bem avaliados programas do país. A mudança de patamar atesta mais uma vez os padrões de excelência dos cursos oferecidos, abre novas perspectivas para alunos, professores e egressos, e também impõe novos desafios ao grupo para se manter na lista dos mais bem conceituados.
“Na minha visão, o programa são as pessoas: são os egressos que a gente forma, os orientadores, os servidores. Então, o conceito 7 é o resultado natural de um trabalho muito sério, muito consistente, de todas essas pessoas, voltado para acompanhar o crescimento da área, as novas tendências, e implementar as ações necessárias”, avalia o professor Wendel Batista da Silveira, coordenador do PPG desde 2021. O trabalho de toda a equipe, conta o professor, construiu a credibilidade do programa e possibilitou que boa parte das centenas de egressos já formados pelo PPG se colocassem no mercado de trabalho, seja na área acadêmica ou junto à iniciativa privada. “Temos uma produção científica expressiva, um programa com ações realmente contundentes na área de internacionalização, ou seja, com orientadores sempre passando por treinamentos, discentes tendo oportunidades do doutorado sanduíche, e muitas parcerias internacionais e convênios firmados”, exemplifica. “A gente sempre se viu nesse papel de divulgar e fomentar a discussão científica na área de microbiologia e biotecnologia, e é o que estamos realizando já há muitos anos.”
Agora, diante da nota 7, a perspectiva é de que ainda mais possa ser feito, uma vez que aumentam os aportes e há impacto, inclusive, no número de bolsas oferecidas. “Com o aumento dos recursos financeiros, teremos mais possibilidade de auxiliar na compra de material de consumo, e de dar maior apoio à participação em eventos, o que acaba trazendo benefícios para toda a comunidade.” A coordenação destaca também o ganho indireto, em termos de prestígio, que beneficia o currículo de estudantes e egressos, e que amplia, numa espécie de ciclo virtuoso, as perspectivas de parcerias e de financiamento, seja das agências de fomento ou da iniciativa privada. “A nota 7 é um reconhecimento de qualidade – claro que ela sozinha não vai garantir nada, mas nos coloca em excelentes condições para disputar parcerias, por exemplo.”
Novos desafios
A nova nota foi conhecida ao final de 2022, e é referente ao período de 2017 a 2020. Agora, em 2023, o PPG segue firme em sua estratégia para manter o conceito, no quadriênio que se encerrará em 2024. “A gente pode fazer uma analogia com o esporte: em qualquer modalidade esportiva, chegar ao topo, a uma medalha de ouro, é um trabalho árduo. Mas se manter lá é ainda mais difícil. Então, a gente está ciente de que o desafio agora será maior”, diz Wendel.
A principal estratégia, naturalmente, é seguir com os altos padrões de produtividade e ensino, mas o PPG trabalha também no aperfeiçoamento de seu planejamento estratégico e na implementação de ações para ampliar e fortalecer a formação técnica já oferecida aos estudantes. “Estamos dando uma atenção especial, incorporando ao nosso planejamento pedagógico, as habilidades transferíveis, ou seja, as soft skills. A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação criou várias disciplinas que já estão sendo oferecidas com este intuito.” O PPG também desenvolve um programa de educação continuada, que neste semestre trabalha os conceitos e a importância da divulgação científica, ao mesmo tempo em que inicia um projeto de divulgação mais sistematizada de suas próprias ações, na intenção de apresentar suas realizações à toda a sociedade. “Alinhado a tudo isso, vamos organizar no ano que vem um evento de popularização da ciência na área de microbiologia, com foco no ensino fundamental e médio.”
A ampliação da inserção internacional do PPG, já reconhecidamente sólida, também está entre os desafios para este quadriênio, com busca por parcerias variadas e acordos de cotutela. “E vamos trabalhar também para aumentar a nossa participação junto à sociedade, com projetos de extensão e acordos de cooperação com as empresas, estimulando a busca não só por financiamentos públicos, mas também privados.”
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