Um experimento com cerca de 60 mil mudas de espécies florestais nativas produzidas em substrato local, inoculado com microrganismos benéficos, está em andamento no Viveiro Ouro Verde, localizado em Belo Oriente – MG. O projeto “Seleção de microrganismos e produção massal de substrato inoculado para a produção de mudas, visando o repovoamento das áreas afetadas” é uma parceria com a Fundação Renova, responsável pela gestão dos programas de reparação das áreas impactadas pelo rompimento da barragem do Fundão, um dos maiores desastres ambientais ocorridos no Brasil, decorrente da extração de minério de ferro pela empresa Samarco.

 

 

O projeto é coordenado pela professora M. Catarina Kasuya e conta com a participação dos professores Cynthia Canedo (DMB), Juraci Oliveira (DBG), Raphael Fernandes (DPS), Haroldo Paiva (DEF), dos pós-doutorandos Paulo Prates e Marliane Silva (DMB), dos doutorandos Isabelle Prado (PPGMBA), Karen Menezes (PPGMBA), Gustavo Abreu e Alex Freitas (DEF), dos graduandos Betania Pedrosa, Rafaela Silva, Daniela Silva e Marcos Barros. Além da participação da microempresa Cogumê Biotecnologia e Viveiro Antuérpia que atuam na multiplicação dos inóculos e produção de substrato, respectivamente.

 

 

A realização de pesquisas para a produção massal de substrato inoculado com microrganismos objetiva acelerar o crescimento das mudas, diminuir os custos com adubação, bem como aumentar a tolerância ao estresse das mudas transplantadas para as áreas atingidas pelos rejeitos.

A utilização de consórcios microbianos para inoculação de plantas é uma tecnologia limpa, de amplo interesse comercial aos setores agrícola, florestal e minerário, uma vez que pode contribuir para a otimização do uso de insumos e a redução de custos de produção. A presente proposta colocará em prática os conhecimentos já adquiridos pela equipe do Laboratório de Associações Micorrízicas (DMB/UFV) para produção de mudas inoculadas de qualidade, possibilitando maior chance de estabelecimento da vegetação em campo e aumento e manutenção da biodiversidade desse ecossistema.

Este projeto tem apoio financeiro da RENOVA, FAPEMIG, CAPES e CNPq.